A prática de "Animação" é uma profissão que, ainda, não se encontra claramente definida, quer no que concerne a sua especificidade, quer no que concerne a sua identidade, o seu papel e a sua função, confundido-se com outras profissões enquadradas no campo da acção social. Deste modo, e não existindo um único modelo de "animação", não é possível falar-se e delinear um único modelo de "animador".
Assim, quanto ao estatuto do animador estes dividem-se em animadores profissionais e em animadores voluntários, quanto à sua tarefa estes podem dividir-se em animadores generalistas, especializados, difusores, monitores e, por último, em animadores de grupo.
Com isto, o papel do animador consiste, fundamentalmente, em desenvolver a auto-estima, a confiança e a personalidade dos participantes, fazendo com que estes tomem a iniciativa de levar a cabo actividades sociais, culturais, educativas, entre outras; criar um dinamismo comunitário que reforce o tecido social e as redes sociais; e, ainda, por despertar o interesse, nos participantes, por uma formação permanente.
Concluindo, o animador deve "promover, alentar, animar a la gente, despertar inquietudes, incitar la acción..., en fin, hacer brotar potencialidades latentes en individuos, grupos y comunidades" (Ander-Egg, 2000: 81)
Ander-Egg, (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid: Editorial CCS
Curiosidades...
A escola – educação formal – deu os seus primeiros passos no século XVIII, e já na segunda metade do século XVIII “consolida-se” a intervenção do estado na educação, panorama que se verifica ainda nos nossos dias.
A educação formal é desenvolvida nas escolas, onde o agente é o professor. Sendo este o único capaz de transmitir conhecimentos, os alunos são vistos apenas como receptores. Desta educação espera-se uma aprendizagem efectiva, assim como uma certificação. Por outro lado temos a educação não formal, onde toda a actividade organizada e constante, instrutiva, é realizada fora da escola oficial, o que facilita a aprendizagem a crianças e adultos. Por fim a educação informal, acontece em ambientes espontâneos, dura toda a vida, onde os indivíduos ganham, acumulam saberes, atitudes através das experiências no quotidiano.
Paulo Freire fala-nos de educação bancária e educação libertadora. A primeira reporta-se para a educação formal, onde o professor vê o aluno desprovido de qualquer tipo de saber, sendo ele o único sujeito activo e capaz de transmitir os saberes. A educação libertadora prima pelo contrário do que foi dito anteriormente, pois o professor ou educador respeita os educandos, estabelece um diálogo com os mesmos e tem em consideração todos os saberes, experiências na construção do conhecimento. Esta educação libertadora remete-nos para a educação informal.
ILLICH, I. (1974). Educação sem Escola? Lisboa: Editora.
Ficam aqui alguns links, para quem quiser aprofundar o tema:
A animação socio-cultural teve a sua origem em meados da década de 60 em alguns países da Europa, particularmente em França. A sua emergência ficou a dever-se ao surgimento de uma série de problemas, de onde se destaca o aumento dos tempos livres, graças à revolução que se fez sentir no campo das tecnologias/cibernética, que possibilitou o aumento da produção no menor espaço de tempo.
A animação socio-cultural surgiu, então, como uma forma socio-pedagógica de intervenção criativa dos tempos livres.
A sociedade actual tem vindo a colocar uma série de desafios. Nos dias que correm, torna-se cada vez mais necessário que as pessoas se tornem elas mesmas intervenientes no que diz respeito à sua vida pessoal e social e não meros espectadores. É também cada vez mais imperioso ocupar os tempos livres dos individuos, que por razões de trabalho escasso, se encontram inactivos.
Após a revolução industrial, os habitantes das grandes cidades viram os seus interesses sacrificados em detrimento dos interesses económicos. Foi então que surgiu a animação socio-cultural como tentativa de promoção a vida associativa, que se encontrava em vias de extinção, devido a este novo modo de vida. Deste modo, a animação socio-cultural procura superar e vencer atitudes de apatia, ócio e fatalismo.
Os programas de animação tiveram a sua origem na ruptura cultural, que se pode verificar entre os diferentes extractos socias. Eles procuram, sobretudo, solucionar alguns dos problemas que se vivem actualmente, problemas estes, que têm afectado todos os países um pouco por todo o mundo.
Ander-Egg, E. "Metodología y Práctica de la Animación Sociocultural", editorial CCS
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